Estudo econômico propõe mudança do método de cálculo do preço mínimo da energia elétrica que pode reduzir a inflação em 0,32 pontos percentuais

Um estudo econômico recente, elaborado pela consultoria GO Associados, propõe uma mudança na metodologia que estabelece o piso do preço de referência da energia elétrica. Segundo o estudo, o novo método de cálculo poderia reduzir significativamente a inflação, trazendo substancial benefício econômico em um momento em que as chuvas estão abundantes e há possibilidade de tornar a geração mais barata.

O estudo identifica que o atual cálculo do limite mínimo do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) dolariza o custo final da energia. Isso ocorre porque o valor mínimo do PLD é calculado com base em uma tarifa específica da energia de Itaipu, a qual, por sua vez, é fixada em dólar e indexada pela inflação americana. O estudo propõe que o PLD mínimo seja calculado considerando uma média ponderada das tarifas de todas as hidrelétricas, inclusive a parcela brasileira de Itaipu, como previsto na legislação do setor elétrico. Se essa mudança fosse aplicada, o PDL mínimo de 2023 cairia de R$ 69,04 o MWh para R$ 17,90 o MWh. O estudo estima que essa mudança acarretaria uma redução da inflação, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, de cerca de 0,32 pontos percentuais.